O dia-a-dia fora da Terra

 

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Imagens e desenvolvimentos informativos em torno das observações astronómicas mais recentes e de temas actuais da Astronomia.

 

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  Plêiade de Objectos do Céu Profundo -  27 de Fevereiro de 2004.

 

Abell347

Cluster de Galáxias

IC443

Restos de uma Supernova

M78 e a passagem de um

Satélite artificial

NGC891

Galáxia com disco periférico de poeiras

M76

Nebulosa Planetária

NGC2859

Galáxia espiral barrada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agrupamento de Galáxias na constelação de Andromeda com magnitudes entre 15 e 17 (apresentando uma magnitude média de 13).

Constituída pelas NGC`s 906 a 914 entre as mais visíveis.

O material luminiscente é o resto da explosão de uma Supernova na constelação dos Gémeos  entre as estrelas um e eta Geminorum. Apesar de ser a mais brilhante na sua categoria é de muito difícil detecção.

NGC2068 é uma nebulosa de emissão brilhante com duas estrelas de magnitude 10 que dão a impressão de formarem o núcleo de um cometa quando observada com binóculos. As áreas de matéria escura só serão visíveis em condições atmosféricas muito boas.

Também conhecida como Calldwell 23, é um excelente exemplo de uma galáxia vista lateralmente. Só com telescópios de abertura superior a 20 cm é possível distinguir o disco de poeiras.

Também conhecida como a Nebulosa Pequena de Dumbbell, é uma nebulosa planetária com formato não simétrico. Só ampliações grandes fazem sobressair as protuberância laterais resultantes da ejecção para o espaço das camadas exteriores da estrela ao explodir.

É o objecto Messier mais difícil de observar.

Galáxia Espiral barrada na constelação do Leão Menor. Núcleo central brilhante rodeado por um anel destacado do núcleo em forma de barra. Situa-se a 23 milhões de anos-luz.

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  De novo o Sol… -  27 de Fevereiro de 2004.

 

A actividade solar de novo em alta: uma fulguração da classe X e outra M aconteceram no dia 26 de Fevereiro pelo grupo de manchas da região activa 564 que

a  imagem mostra com um tamanho de 8 Terras e provocando uma perturbação cromosférica acentuada

 

 

 

  Conjunção Lua e Vénus  e

      uma estrela em formação na Nebulosa de McNeil 23 de Fevereiro de 2004

 

 

Vénus e o Quarto-Crescente Lunar formaram mais uma vez um bonito par no quadrante SW no dia 23 de Fevereiro de 2004 (imagem A).

No mesmo quadrante situavam-se também Marte e o cometa C/2002T7 Linear.

 

A Nebulosa de McNeil , também conhecida como M78, entrou em “outburst” devido a uma estrela que está em formação, conhecida como uma fonte de infra vermelhos, designada por IRAS 05436-0007.

Este fenómeno é extremamente raro. A Nebulosa foi detectada com uma magnitude 15, mas presentemente surge com uma luminosidade muito superior. A nova estrela consegue emitir através de uma espessa “cortina” de gás e poeiras criando uma gigantesca nebulosa de reflexão.

 

Duas imagens comparativas (B e C) poderão ser apreciadas. Uma obtida em 19 de Março de 2003 e outra no dia 23 de Fevereiro de 2004. Apesar da primeira apresentar uma enorme perturbação atmosférica com nuvens em altitude, a segunda imagem, mais clara e limpa, revela a evolução no espaço de um ano. Este evento poderá durar apenas de alguns meses a um a dois anos. A comunidade científica apela aos astrónomos amadores que acompanhem este fenómeno.

 

 

 A

 

 B

 

 C

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A. Vénus e a Lua        B. M78 em 19/3/2003        C. M78 em 23/2/2004

 

 

 

  Asteróide CERES – 23 e 27 de Fevereiro de 2004

 

 

Ceres irá deslocar-se nos próximos tempos para o campo estelar que a imagem mostra.

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O asteróide Ceres foi o primeiro planetóide a ser descoberto a 1 de Janeiro de 1801 pelo abade Piazzi em Palermo. Circulando na zona mediana da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter, entre 2,5 e 3,1 Unidades Astronómicas, tem um diâmetro de 914 km levando pouco mais de 9 horas para fazer uma rotação sobre si próprio e é um corpo constituído por material  condrítico carbonáceo, apresentando uma magnitude de aproximadamente 6,7 e um albedo do tipo C (só reflecte 4% da luz solar). Contudo a intensidade do seu brilho pode variar no espaço de horas permitindo distingui-lo facilmente no campo estelar, como demonstra a própria imagem, sendo perfeitamente visível com binóculos. Actualmente acredita-se que os asteróides desta cintura sejam os restos de um planeta despedaçado pelas forças gravitacionais titânicas do planeta Júpiter e depois fragmentado por colisões sucessivas.

 

 

No dia 27 de Fevereiro nova observação ao asteróide mostra a sua deslocação.

 

 

 

  O cometa C2002T7 Linear – 21 de Fevereiro de 2004

 

Descoberto a 14 de Outubro de 2002 pelo projecto LINEAR, na altura com uma magnitude de 17.42, foi dado como um objecto asteroidal devido à sua aparência muito difusa.

O cometa tem vindo progressivamente a aumentar de brilho, chegando-se a prever, no ano passado, que poderia atingir a magnitude de 0,3 a 1. No entanto, as últimas observações datadas de Fevereiro deste ano, apontam para uma magnitude 7, um valor menor do seu brilho em relação ao previsto. Isso poderá significar que o cometa esteja já numa fase decrescente de brilho. Em todo o caso, é visível com binóculos, podendo facilmente ser encontrado alguns graus abaixo da estrela Gama Pégaso, pertencente à grande constelação de Pégaso com a forma de um quadrado.

Devido à sua proximidade com o horizonte Oeste, o fenómeno de extinção atmosférica surge com grande influência, daí a imagem colocar o cometa na extremidade oposta do ccd, precisamente para obviar a tal interferência.

 

Na imagem, no momento da observação, o cometa “passava junto” à galáxia longínqua UGC99 (o cometa está a 2,015 Unidades Astronómicas), com magnitude 14,5. A estrela situada por cima do núcleo cometário, é a SAU91754 ou do Catálogo Tycho 601-1530-1 (AR 00h 10m 39,33s / Dec +13º 36´56,2” ) com magnitude 8,96 e situada a 210 anos-luz.  As imagens são o resultado da integração de outras 15 com um total de 835 segundos obtidas entre as 20:55 TU e 21:12 TU.

A segunda imagem foi tratada de modo a revelar o aspecto do núcleo do cometa, evidenciando a sua difusidade. A terceira imagem foi gerada por software e mostra a relação do cometa com a estrela Gama Pégaso para efeitos de orientação e facilidade de detecção do cometa.

Três horas após a captação destas imagens o céu encobria totalmente com espessas nuvens.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Cometa com tratamentos diferentes de modo a realçar as suas estruturas

 

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Mapa produzido por SkyMap pro v.7: os círculos concêntricos representam o campo de visão de um Telrad

Não são visíveis as estrelas detectadas pelo ccd. Apenas a gama Pégaso como

estrela de referência.

 

 

 

A UGC99 visível por baixo da

cauda iónica

 

 

Tratamento em cores falsas para evidenciar a estrutura das duas caudas (poeiras e

Iónica), a presença da UGC99, assim como o núcleo do cometa.

 

 

 

 

 

  O Sistema Solar  - 12 Fevereiro 2004

 

 

Imagens de Saturno, Vénus, Júpiter, da Lua e do Sol no dia 9 e no dia 12 de Fevereiro. Reparar na superfície da cromosfera solar junto ao limbo. A actividade solar tem-se mantido moderada

confirmando o período de actividade mínima por que passa agora a nossa estrela. Clique nas imagens para fazer zoom.

 

 

Júpiter

Apesar da turbulência atmosférica do dia 12 ainda foi possível fazer imagens de Saturno e Vénus.

Clique nas imagens para ampliar.

 

 

 

  Um mosaico de maravilhas na noite de 9 de Fevereiro de 2004

 

A passagem de frentes frias vindas de NW geram muitas vezes noites ímpares de observação astronómica nos Açores, às vezes durando duas ou três horas apenas.

Foi o caso das noites de 9 e de 10 de Fevereiro de 2004. Aqui ficam algumas imagens de objectos do céu profundo obtidas na noite de 9 de Fevereiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


                                                                                                                                                             

 

Clique na imagem para  fazer zoom

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Actividade Solar e a Nebulosa da Cabeça do Cavalo 8 de Fevereiro de 2004

 

 

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IC 434 e a Nebulosa da Cabeça do Cavalo – faz parte da constelação de Orion e constitui uma vasta maternidade de nascimento de estrelas por fusão de núcleos de hidrogénio molecular H2 onde a B33, mais conhecida por “Cabeça do Cavalo”, é a Nebulosa mais conhecida. Na imagem é possível ver no canto inferior esquerdo a NCG 2023.

 

Imagem resultante da integração de 15 outras com duração de 60 segundos cada.

 

 

 

Até à data nada de especial havia a registar, com um Sol completamente “liso” de manchas solares durante as últimas semanas. Só na passa da semana apareceram múltiplas e pequenas manchas solares do tipo Axx e Bxo. Uma destas manchas simples dava origem de forma surpreendente à região activa 551 que se apresentava com rápido desenvolvimento e com uma configuração delta potencialmente geradora de fulgurações da classe M. É possível que tal venha a acontecer nos próximos dias.

 

 

 

 

  Actividade Solar19 a 28 de Janeiro 2004

 

Uma ejecção de massa coronal (categoria M5) teve lugar no dia 17 de Janeiro de 2004 pela região activa 540. Esta EMC chegou ao nosso planeta no dia 19 provocando auroras boreais no Alaska e Canadá.

 

No dia 19 a mancha solar 10540 continuava a apresentar-se muito perturbada como mostra a imagem obtida no H-alfa pelas 12:54 UT. Notar a zona da cromosfera brilhante onde horas antes a fulguração tinha tido lugar. Era ainda visível um enorme filamento a NW do disco solar que nos dias anteriores havia atingido a dimensão de 50 Terras. Nos dias 19 e 20 continuaram a verificar-se algumas fulgurações da classe M e C.

Em notícia divulgada pela NASA no dia 26 de Janeiro, uma das teorias que justificariam o aparecimento dos problemas de comunicação com o rover SPIRIT, poderia dever-se a interferências no software ou no hardware do robot por partículas de alta energia libertadas por estas fulgurações que em Marte não encontrariam uma atmosfera protectora ou um campo magnético suficiente para evitar as suas consequências.

 

    

Região NW do disco solar apresentando a mancha solar 540 e a deslocação de um filamento muito pronunciado perto do limbo

 nos dias 19 e 20 de Janeiro de 2004. A zona da “explosão solar” é visível claramente como uma mancha intensamente brilhante.

 

 

 

 

COMENTÁRIO

 

28 de Janeiro de 2004

 

O disco solar apresentava-se sem uma única mancha solar. Contudo junto aos limbos nordeste e noroeste surgiam duas proeminências relativas às anteriores regiões activas já aqui referenciadas e provavelmente a uma outra existente a nordeste e que deverá rodar nos próximos dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Objectos do Céu Profundo no Céu de Inverno Dezembro de 2003

 

A Nebulosa de Orion (M42) e a Galáxia de Andrómeda (M31)

 

 

 

M31

16 Setembro 2003

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M42 em 18 de Dezembro de 2003

 

São objectos do Céu Profundo próprios do céu de Inverno e perfeitamente visíveis com binóculos ou um pequeno telescópio. Para os situar basta procurá-los num mapa do céu junto às respectivas constelações.