Outubro 2007

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Caixa de texto: O APO Baader Scopos 66mm com a Canon EOS 350D automatizada e operada à distância pelo interface QuickRemote USB da Essentiel Electronique de Toulouse

Astronomia Amadora nos Açores

Cometa Loneos C/2007 F1 na madrugada de 11 de Outubro

Pelas 06:45 UTC fizemos uma observação muito rápida, dado que o sol iria nascer de seguida, de modo a tentarmos visualizar este cometa, difícil de localizar, pela sua proximidade ao sol, apesar da sua magnitude visual (8.0). Como resultado obtivemos a imagem abaixo, onde se detecta o cometa na periferia de uma nuvem. Utilizámos a Canon 350D com uma objectiva de 75mm, 3x5 seg.

Triângulo espacial

Nos dias 11 e 15 de Outubro fizemos também imagens do triângulo espacial configurado por Vénus, Saturno e a estrela Regulus da constelação do Leão. Canon 350D, objectiva 75mm, exposição 3x10seg. Para ambos os casos.

Caixa de texto: Destaques

1. Cometa Loneos
2. Triângulo espacial

3. Lua a cores

4. Cometa 17P/Holmes

Caixa de texto: mysite

Cometa 8P/Tuttle na noite de 14 de Outubro pelas 21:35 UTC.

Resultado obtido pela integração 7x35s.

 

As condições atmosféricas eram péssimas com muita turbulência e nuvens baixas.

 

Cometa 93P/Lovas, também na noite de 14 entre as 22:09 e as 22:18 UTC, resultado da integração de 8x35s com pré-tratamento offsets, darks e flats.

Cometas com magnitude entre 13.8 e 13.9

Capella, é a sexta estrela mais brilhante do céu e o seu nome advém do latim capella = cabra. É a α Aurigae ou 13 Aurigae, uma gigante amarela com dimensões maiores que o Sol e com um espectro semelhante a este. Encontra-se a 44,6794 a.l. do Sol.

É uma estrela quádrupla. A sua condição de estrela dupla foi reconhecida primeiro através de espectrógrafo e medida posteriormente em 1919 com um interferómetro; a separação dos componentes não supera os 0"05 e o período de revolução é de 104 dias. Estão separadas aproximadamente por 120 milhões de kms e tem duas companheiras acopladas entre si, separadas visualmente, cuja distância alcança os 12' de arco. São duas anãs vermelhas de pouca intensidade ( magnitude 10 e 12). O modelo de Capella pode assemelhar-se a duas esferas de 35 e 20 centímetros de diâmetro, separadas por 3 metros e acompanhadas de duas bolas de 2 centímetros a 120 metros uma da outra e separadas 40 kms do par principal. (Extraído da Wikipédia, a enciclopédia livre).

Cometa C/2007 F1 Loneos

Cometa Loneos: 19 de Outubro de 2007, 19:30 hora local, Miradouro da Relva, exposições não guiadas em tripé simples de 4 a 5 segundos cada, com poluição luminosa intensa proveniente de candeeiros de luz de sódio.

O estado do tempo não é dos melhores: muito vento e nuvens no horizonte NW, mesmo na zona onde a constelação do Boieiro fará a sua aparição esta noite.

O cometa encontra-se baixo no horizonte norooeste e é difícil detectá-lo visualmente, apesar de apresentar uma magnitude visual em torno de 6,0 . A sua cor esverdeada revela a presença de cianogénio. Clique nas imagens para ampliá-las.

A posição do cometa relativamente às estrelas eta bootis ou Muphrid com magnitude 2.66 e 7 bootis (mag. 5.72) da constelação do Boieiro.

 

 

 

 

Imagem simples (expo 4s) mostrando o cometa e a passagem de um avião, cujo traçado mostra bem o efeito do vento. Em baixo a “risca” do cometa em exposição de 60s.

“First light” para o Baader Scopos Apo 66D com filtro UV/IR

Lua em QC com filtro UV/IR.

Cânon 350D e Baader Scopos 66D

Integração de 3 imagens com Íris software

 

 

Lua a cores

Integração de 3 imagens

Software Íris e Adobe Photoshop

O Baader Scopos 66mm em piggy-back no Celestron 8”  f/10

Caixa de texto: Cometa 17P/Holmes em outburst

Finalmente uma “aberta” climatérica na noite de 25 para 26 de Outubro, facultou-nos a observação detalhada do Cometa 17P/Holmes. Este cometa que cruza a constelação do Perseu, entrou repentinamente em outburst, passando de uma magnitude de 16.8 para 2 !! Tornou-se assim no 2º cometa visível a olho-nu no período de um mês.

Este outburst, que ninguém sabe ainda explicar muito bem, foi detectado na Europa por François Kugel, astrónomo amador e participante na lista Aude.

Duas hipóteses se levantam para explicar este brilho súbito intenso deste cometa:

1ª hipótese—algo colidiu com o cometa quebrando o seu manto de gelo e poeiras;

2ª hipótese—A sua superfície, pura e simplesmente fracturou-se, revelando o interior do cometa.

Algumas análises espectrais revelam a existência de CO e poeira. O seu aspecto amarelado leva a pensar também deste modo.

O cometa não apresenta uma cauda extensa, mas apenas uma deslocação com orientação norte de uma pequena cauda, no sentido anti-solar.

O seu falso núcleo é quase estelar, à vista desarmada e de aspecto nebuloso quando observado ao telescópio.

A sua magnitude assemelha-se à estrela delta perseu , colocando-o na magnitude visual entre 2 e 2.5.

Imagem resultante da mediana sigma de 11 exposições com a duração cada de 30 segundos com uma Cânon 350D.

Um cometa de aparência estelar.

Notar o falso núcleo de aspecto nebuloso e difuso com a pequena cauda deslocada para norte. Apresentava uma coloração amarela esverdeada. Imagem resultante da media de 9x30s.

O 17P/Holmes era perfeitamente visível a olho-nu e de forma muito acentuada com binóculos, após o Sol se pôr. Ainda o crepúsculo diurno pelas 19:30 UTC se fazia sentir e já o cometa era visível. Integração de 5x6s.

Aspectos do cometa 17P/Holmes, obtidos respectivamente com lentes de 300mm, 135mm e 90mm.

Apesar da Lua Cheia e da existência de poluição luminosa urbana, o cometa brilhava com magnitude idêntica ou superior a delta Per.

Clique nas imagens para ampliá-las.

Imagem resultante da integração de 6x6s, de modo a não sobre expor o falso núcleo do cometa e obtida  durante o crepúsculo do entardecer do dia 25 de Outubro, pelas 19:30 UTC.

Aplicados diversos gradientes rotacionais, colocou-se em evidência alguns jactos de poeiras e o halo de partículas em fluorescência em torno do cometa.

Software Irís.