Caixa de texto:   Notícias       Janeiro 2006

No 8 de Janeiro era dada notícia de um fenómeno nos céus de S. Miguel, que mereceu destaque de primeira página nos jornais diários da ilha.

Segundo os testemunhos, o fenómeno surgiu no quadrante Este deslocando-se a uma velocidade muito baixa na direcção Este-Oeste,  gerando um rasto de “fogo” muito intenso e luminoso. Para alguns era tido como a entrada de um meteoro nesta área do Atlântico Norte, para outros poderia ser um avião em altitude.

A imagem que aqui apresentamos, foi-nos fornecida por Miguel Acácio Silva (TELACO) que presenciou o fenómeno e que logo me telefonou a dar conta do sucedido remetendo a sua imagem por correio electrónico.

Analisámos esta imagem, bem como as outras publicadas no dia 10 de Janeiro no vespertino Açoriano Oriental, utilizando algum software mais apropriado e chegámos a seguinte conclusão:

1.   O fenómeno não foi acompanhado por nenhum “boom” audível de acordo com as testemunhas;

2.   Não foi acompanhado por outros fenómenos semelhantes, caso tivesse sido um meteorito com a dimensão colossal do objecto que atravessou o céu (haveria muito provavelmente uma pequena “chuva” de micro-meteoritos);

3.   O Sol estava abaixo do horizonte e os seus raios iluminavam, não um rasto, mas dois rastos de vapor de água, provenientes de dois reactores de um grande avião. Analisados mais em detalhe na componente azul da luz branca, os rastos eram inclusivamente soprados pelo vento que se fazia sentir em altitude, dispersando-os em pequenos flocos;

4.   O avião não era visível, porque simplesmente com a orientação que levava conjugada com a direcção dos raios solares, fazia com que a sua carlinga acinzentada não reflectisse a luz solar, confundindo-se, aquela distancia, com o azul acinzentado de fim de tarde do céu.

5.   Pesquisados na Internet os sites que noticiam a reentrada ou lançamento de foguetões ou de transito de satélites artificiais, nada constámos para aquela hora e região do céu com magnitude idêntica ao manifestado pelo fenómeno.

Assim, aconselha-se mais prudência aos OCS na interpretação que fazem de fenómenos, que como neste caso, sendo resultado natural da actividade humana, podem induzir facilmente em erro.  Mais uma vez, confirma-se a importância, que terá um Observatório Astronómico na descodificação destes fenómenos. Ficamos a aguardar melhores dias para a Ciência e para a juventude!

 

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Ponta Delgada, Azores, Lat. 37,733  Long. –25,667  Alt. 50m

Caixa de texto: Fenómeno estranho no céu de S. Miguel ?

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© Miguel Acácio Silva (publicada sob a sua autorização)

Actividade solar em baixa

A actividade solar continua a registar índices muito baixos, bem representativos da fase presente de Mínimo Solar (consulte o gráfico da autoria da NASA/SOHO). Deste modo apenas algumas protuberâncias tem sido visíveis nas últimas semanas, algumas do tipo “pluma” direccionada pela rotação do Sol e pelo vento solar que adquirem formas muito interessantes e belas. Clique nas imagens para poder ampliá-las. A imagem da Protuberância solar foi obtida por nós no dia 6 de Janeiro pelas 14h05 UTC em Ponta Delgada, destacando-se a superfície solar com o seu reticulado cromosférico.