J.Porto e P. Costa Web Site
24 de Abril a 9 de
Maio de 2004 |
Cometa
Bradfield: descoberto
por um amador |
Notícias semana-a-semana |
O núcleo do cometa Bradfield depois de processado em
cores falsas de modo a revelar a sua estrutura. |
Em 8
de Abril de 2004, o australiano e astrónomo amador William Bradfield descobre
o seu 18º cometa, numa época em que os telescópios robóticos e a sonda
espacial SOHO o fazem automaticamente. Com
uma magnitude actual de cerca de 4, tem vindo a diminuir progressivamente o
seu brilho, tornando-se agora um objecto de detecção visual difícil.
Aconselha-se o uso de binóculos. A sua cauda estende-se por 4 graus de
comprimento e visualmente tem um núcleo do tipo estelar semelhante ao
Hyakutake. Outro
cometa que virá a tornar-se visível nas próximas madrugadas, e próximo do
Bradfiled, é o Linear T7 com um brilho de magnitude 2. Depois seguir-se-á o
Q4 NEAT ao entardecer. Entretanto
outro cometa de magnitude 10, o Linear K4, faz a sua passagem perto da
constelação do Cisne (tente descobri-lo na imagem ao lado). |
Cometa Linear K4 |
O Asteróide CERES ... |
Este asteróide, um dos maiores, transita neste
momento por entre as estrelas Castor e Pólux da constelação dos Gémeos. |
No dia 26 junto ao limbo leste do disco solar, a
recente RA 10 599 parecia ganhar um aspecto de cratera com uma mancha solar
ocupando uma posição central. O aspecto desta Região Activa (RA)era pronuncio das
grandes forças magnéticas em presença. No dia 29 detectávamos uma pluma fragmentada de
plasma, como mostra a imagem. |
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M51 ou galáxia espiral da constelação dos Cães de Caça, situa-se a 30.000.000 anos-luz, entre a estrela Alkaid da Ursa Maior e a Cor Caroli dos Cães de Caça. Esta galáxia está a sofrer uma colisão com outra galáxia, mais pequena e catalogada como NGC 5195, produzindo fortes “efeitos de maré” gravitacionais no gás inter-estelar, que provocam o nascimento de centenas de estrelas supergigantes nas nebulosas existentes nos seus braços. A imagem é o resultado da integração de 3 imagens com a duração de 90 segundos cada. As condições de visibilidade eram na altura más, com a Lua em Quarto Crescente e vento de nordeste. A estrela mais brilhante
na imagem (magnitude 7.06), não é visível a olho-nu, é designada por SAO
44642 e está a 416 anos-luz. |
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M51 no Zénite |
… e uma “cratera magnética” no Sol |
Eclipse Lunar e Anti-Ciclone |
O
Eclipse total da Lua na noite de 4 de Maio não foi visível nos Açores, assim
como em grande parte do território português.
Com a Internet, foi no entanto possível acompanhar este fenómeno,
através de “webcasts” realizadas por diversos Observatórios, nomeadamente e
entre outros, os situados nas ilhas Canárias e em Madrid. A
imagem exibida ao lado, refere-se exactamente a uma dessas transmissões em
directo efectuada pelo Observatório Mira
de Madrid e por ela se deduz um valor de Danjon muito acentuado. Nas
ilhas Canárias, a grande nebulosidade não deixou acompanhar todo o eclipse. |