Projectos
Observacionais
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
Qualquer
associado com as quotas em dia poderá desenvolver linhas de trabalho (em termos
de projecto devidamente elaborado e orientado) ou realizar pequenos projectos
de curta duração para acompanhamento de fenómenos astronómicos temporários,
utilizando os recursos disponíveis do Observatório. Para tal deverá formalizar
um projecto submetendo-o à consideração da Comissão Instaladora do OASA.
Desse
projecto deverão constar, em termos gerais e de forma simples os Objectivos, Colaboração com outras instituições, Nº de observadores envolvidos, Meios
a utilizar, Calendário das observações e a forma que tomará a Divulgação pública dos resultados do
projecto (publicação, webpage, conferência de imprensa, divulgação nos OCS,
etc). A divulgação pública é de carácter obrigatório e envolverá sempre a
referência ao OASA.
O OASA
reserva-se o direito de poder publicar os resultados do projecto no seu Boletim
digital.
Esta
secção irá reflectir os projectos e trabalhos em curso assim como divulgar as
técnicas e procedimentos protocolares utilizados pelos observadores.
De futuro
lançará prémios aos autores dos melhores trabalhos.
Qualquer
astrónomo, amador ou profissional, poderá divulgar nesta secção as suas
observações particulares, desde que acompanhadas por uma pequena ficha
técnica sobre as mesmas, onde deverá referir, local, data e hora (hh:mm:ss), equipamento e acessórios utilizados,
software de processamento e controlo. Poderá submeter as sua observações
para edição através do E-mail oasa@oas.online.pt .
Saturno em conjunção com a Nebulosa
M1: 07 Janeiro 2003
7 de Maio 2003: Trânsito de
Mercúrio no disco solar
Este trânsito de visibilidade rara, porque parcial
ou rasante e também total só voltará a acontecer em 2391. O fenómeno é explicado pela
interposição do planeta Mercúrio entre o Sol e a Terra (Vénus também gera o
mesmo fenómeno, por ser um planeta de órbita interior à do nosso). Isto
acontece todos os 116 dias, o que poderia levar a 3 trânsitos por ano. Pelo
contrário isso só acontece de 7, 13 ou 33 anos de periodicidade. Porquê?
Porque esta passagem deve ser acompanhada de um alinhamento preciso com o Sol
e Mercúrio com a mesma declinação, ou seja que ambos se encontrem na mesma
linha dos nodos que derivam da intersecção
entre o plano orbital da Terra e o de Mercúrio. Porque a órbita de Mercúrio possui uma inclinação de 7º em relação ao plano de Eclíptica , só quando os dois planetas circulam exactamente sobre o mesmo plano, é possível observar um trânsito quando existe uma conjunção inferior de Mercúrio. |
Mosaico de imagens individuais com as horas em Tempo Universal Estas imagens foram produzidas com uma webcam Toucam pró aplicadaa um ETX 90mm Nos Açores quando amanhecia
já o fenómeno se desenrolava desde as 5h 11m 36s. Acompanhámos este trânsito
a partir do seu máximo em direcção ao 3º e 4º contactos, registados
respectivamente às 10h28m19s e 10h31m46s por J. Porto. |
Na madrugada de 16 de Maio era a vez do
nosso planeta se interpor entre o Sol e o seu satélite natural, a Lua. Apesar das más condições climatéricas,
foi possível a partir das cerca das 04:00 h da manhã iniciar a operação de
acompanhamento deste Eclipse Total. O Eclipse, define-se como o fenómeno em que um astro deixa de ser visível, totalmente ou em parte, ou pela interposição de outro astro entre ele e o observador, ou porque, não tendo luz própria, deixa de ser iluminado ao colocar-se no cone de sombra de outro astro. Eclipse Lunar Umbral Total ou
apenas Eclipse Lunar Total ocorre quando a Lua entra no cone de sombra
terrestre, como nos mostra a figura ao lado. A
aparência da Lua é sempre influenciada
pelas condições da nossa atmosfera. Eclipses muito escuros são devidos á
existência de cinzas provenientes da actividade vulcânica. |
O
astrónomo francês Danjon propôs uma
escala destinada á avaliação da aparência visual e do brilho da Lua na sua fase
de totalidade. Assim,
foram atribuídos os seguintes valores L:
L = 0 Eclipse muito escuro. Lua quase invisível em especial a meio da fase de totalidade.
L = 1 Eclipse escuro com uma coloração cinzenta ou acastanhada. Dificuldade em distinguir pormenores na Lua.
L = 2 Vermelho escuro. Sombra central muito escura enquanto a periferia é mais brilhante.
L = 3 Eclipse cor de tijolo. A sombra da umbra tem normalmente uma forma de rim amarelado ou mais brilhante.
L = 4 Eclipse muito brilhante de côr alaranjada ou acobreada. A sombra da umbra tem um tom azulado em forma de rim.
A classificação de Danjon é feita a “olho-nu, com binóculos ou com um
pequeno telescópio perto da fase da totalidade. Classificaríamos este eclipse na escala de Danjon com L=1,5. Este facto poderá atribuir-se aos efeitos nefastos da guerra do Iraque onde muitas dezenas de poços de petróleo arderam lançando para a alta atmosfera toneladas de poeiras e gases. |
Imagens do Eclipse Total da
Lua na fase próxima do final da totalidade e da fase parcial
Imagens obtidas em afocal com
uma ccd megapixel e um Maksutov ETX 90 EC
por J.Porto
NGC2903
Situada a 20 milhões de anos-luz na constelação do Leão é uma galáxia
espiral que apesar de ser muito brilhante não foi detectada por Messier. |
NGC2768 Galáxia elíptica de magnitude 9,8 rodeiam-na
algumas estrelas de magnitude 13. Encontramos esta galáxia a 1,5º a sul da
estrela 16 Ursae Majoris |
NGC2841 Galáxia
espiral com 130 000 anos-luz de comprimento (a nossa tem 100 000 anos luz)
situa-se a 31 milhões de anos-luz. |
NGC2775 Galáxia
muito difusa e de fraca luminosidade, irregularmente redonda com um
núcleo de magnitude 14, situa-se na constelação do Caranguejo. |
NGC4236 Galáxia espiral barrada de fraco brilho
sendo difícil de visualizar exigindo céus muito escuros. Situa-se na
constelação do Dragão e assemelha-se à M31. |
M101 Galáxia espiral de grandes dimensões
situada a 27 milhões de anos-luz tem um diâmetro de 170 000 anos-luz. A
imagem só mostra 1/3 do seu tamanho. Muitas das formações estelares tem
designações NGC. |