Investigação - Parque
tecnológico
O presidente do Governo açoriano anunciou
sábado a criação de um parque tecnológico no concelho da Lagoa, ilha de São
Miguel, que vai acolher novas empresas ligadas ao sector.
Com esta infra-estrutura, "surgirão, assim, novas oportunidades para que
os jovens cientistas possam aliar o seu saber à sua capacidade de iniciativa e
para que a ciência saia dos gabinetes e laboratórios e entre na nossa
economia", salientou Carlos César, que falava na inauguração do
Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA).
Segundo o chefe do executivo açoriano, as instituições de investigação do
arquipélago, com destaque para a universidade dos Açores, já empregam 350
investigadores, uma base que o Governo quer aproveitar para o fomentar
parcerias com empresas.
Essas parecerias terão o objectivo de aplicar os resultados da investigação e o
desenvolvimento do empreendedorismo científico, explicou Carlos César, que
assegurou o apoio a jovens licenciados em áreas técnico-científicas na criação
das suas próprias empresas e, desta forma, dos seus empregos.
O presidente do Governo Regional defendeu, ainda, que o aproveitamento das
instalações universitárias no Faial e Terceira passam pela criação de parques
tecnológicos nestas duas ilhas, onde existem investigadores ligados às áreas
das ciências agrárias, ambiente e da oceanografia e pescas.
Nestes sectores, "é necessário criar uma sólida base empresarial,
reforçada por investimentos, capaz de dar resposta às necessidades de
modernização e aos desafios que a globalização nos coloca", afirmou.
De acordo com Carlos César, todos os anos ingressam no Ensino Superior cerca de
800 jovens açorianos, mais de metade dos quais opta por cursos nas áreas
científicas e tecnológicas.
Esses números permitem à região esperar que "alguns dos grandes bloqueios
que têm impedido o nosso progresso tecnológico, nomeadamente a disponibilidade
de recursos humanos qualificados, possam ser finalmente ultrapassados",
alegou o presidente do Governo Regional.
O OVGA, compostos por dois pavilhões e várias estruturas de apoio, num
investimento de cerca de 500 mil euros, está incluído numa rede de
observatórios que tem sido criada nos Açores.
Esta rede inclui, ainda, os observatórios do Ambiente e Clima, em fase
adiantada de construção, do Mar e o Astronómico de Santana, que vai reabrir em
breve.