Novembro
2006 |
No dia 1 de Novembro surgia no Sol, no espaço de
apenas dois dias um grupo de manchas solares constituindo duas Regiões
Activas distintas e evoluindo muito rapidamente. Esta evolução rápida era marcante na RA 10921 que de
uma Bxi passou a uma Fki, fazendo supor que nos próximos dias possa ainda
apresentar uma maior complexidade e gerar mesmo algumas pequenas fulgurações. A ultima a aparecer e situada mais perto do limbo
solar sudoeste, é a Região Activa 10922 que se apresenta como uma Bxi rodeada
de Fáculas um pouco pronunciadas, o que revela a intensa actividade magnética
e potentes fluxos de plasma que poderão ascender do interior e gerar um grupo
de manchas mais complexas. Estas duas regiões são de acompanhar de perto nos
próximos dias depois de termos registado mais de uma semana sem qualquer
actividade de relevo. |
No dia 31
de Outubro era esta a posição do cometa C/2006 M4 Swan. Numa curta exposição
de 120 segundos ficavam registados os “rastos” estelares provocados pelo
movimento de rotação do nosso planeta de Oeste para Este. Assim o grande
quadrilátero representa a constelação de Hércules enquanto dois outros
“rastos” pertencem ao objecto de céu profundo designado por Messier 13—um dos
maiores enxames globulares de estrelas, - e o próprio cometa, numa cor
esverdeada. |
18 e 19 de
Novembro são os dias indicados para o maior ZHR da “chuva de estrelas” com
origem no radiante da cabeça da constelação do Leão. Pelas 03:45
hora local do dia 19, é esperada uma cadencia de entrada na atmosfera
terrestre de cerca de 50 ou mais meteoros por hora. Pela posição do radiante
poderemos ver grandes rastos luminosos quase na horizontal e a baixa
velocidade, o que transforma este fenómeno num dos mais bonitos e tocantes.
Se as condições atmosféricas o permitirem, estaremos a tentar registar
algumas imagens deste acontecimento propiciado pelo rasto de poeiras deixado
pelo cometa 55P Tempel-Tuttle. |
Na semana
anterior e antes que rodasse na face visível do Sol, a Região Activa 10923
havia produzido uma gigantesca fulguração acompanhada de uma mega EMC. Agora
que as condições climatéricas nos permitiram ter um pouco de Sol,
vislumbrámos finalmente esta região magnética onde se aloja uma mega mancha
solar que contorce toda a área envolvente da cromosfera solar devendo criar
condições propicias para novamente produzir uma EMC, cujos efeitos, desta vez
serão recebidos directamente no nosso planeta. As imagens foram obtida na luz
visível e na Halfa. |
A mega mancha solar da RA 10923 está prestes a rodar
no limbo solar oeste sem que tenha produzido qualquer Ejecção de Massa
Coronal ou alguma Fulguração. A sua estabilidade é notória e representa bem a
actividade solar em início de ciclo, neste caso o 24º. Mesmo que nos próximos
dias haja algum acontecimento catastrófico nesta mancha, os seus efeitos já
não atingiram a Terra. |