As regiões 10649 e 652 vistas em H-alfa no dia 23 de Julho

J.Porto e P. Costa Web Site                                                                       Julho de 2004   (folha informativa III)

Notícias semana-a-semana

A Lua em mínimo de Quarto Crescente observada no dia 19. Algumas condições devem ser satisfeitas para uma observação deste tipo: (i) A Lua deve estar no seu Perigeu, (ii) próxima da sua latitude eclíptica maior, +5,5º a –5,5º, (iii) e deverá ser vista da Terra no mesmo ponto azimutal que o ocaso do Sol.

As regiões 10648 e 10652: enquanto a primeira mostrava tendências para involuir, continuando contudo a ser uma Ehi com um arco de luz na mancha principal, a 10652 continuava  a evoluir de forma bastante complexa com um gigantismo que a fazia visível a olho-nu.

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A Região 10652 em alta resolução no dia 23, mostrando que o fluxo magnético vindo do interior do Sol se bipolariza facilitando a sua ascensão até à cromosfera. Também se notam claramente as estruturas das penumbras das manchas solares—as espículas, filamentos de plasma perfeitamente orientados magneticamente e que resultam do “rompimento” estável dos grânulos fotosféricos.

Fáculas e Efeito Wilson

 

A RA 10649 classificada como Chx, é uma mancha solar quase unipolar gigante que ao aproximar-se do limbo oeste do Sol, torna mais visível uma grande estrutura de perturbação do fluxo magnético interno do Sol que ao aflorar à superfície da fotosfera, cria uma “network” de canais muito brilhantes designados por fáculas. Em início de novo ciclo, este género de manchas mostram muitas vezes um perfil convexo, conhecido como Efeito Wilson.

A evolução da 0652 de 17 a 27/7 mostra que todas as vezes que houve rompimento de grandes campos magnéticos, evidentes no espectro da luz visível, pela fragmentação das manchas solares maiores, houve explosões solares com ejecção de massa coronal. É o caso de 19 para 20 e depois para 23 e ainda de 25 para 26, quando se verificaram “Flares” da classe X e M.