Caixa de texto:

Outubro 2006 (II página)

Caixa de texto: O Cometa: C/2006 M4 SWAN (17/10/2006)
                                                                                          Veja as imagens dia 25

O cometa C/2006 M4 Swan, perfeitamente visível de binóculos ou através de um buscador, brilhava com uma magnitude muito perto dos 6 e fazia par com a estrela variável gama Bootis ou Seginus da constelação do Boieiro com uma magnitude entre 3.2 a 3.7.

À direita vê-se um conjunto de 3 estrelas, a primeira das quais mais brilhante constitui um sistema múltiplo designado por HDS 2057. O cometa emite duas caudas, respectivamente uma de poeiras mais longa e outra iónica muito mais curta e fazendo cerca de 45º da primeira.

A imagem foi obtida em péssimas condições climatéricas com muito vento e nuvens e ainda com bastante poluição luminosa. É o resultado da integração de 3 imagens de 30 segundos cada.

Veja também o mapa estelar do SkyMap relativo à zona, clicando nas duas imagens para ampliá-las.

Um pouco de anatomia do Swan M4

A aplicação de filtros rotacionais colocou em evidência algumas estruturas do cometa. Na imagem ao lado tornaram-se visíveis jactos frontais emitidos pelo falso núcleo assim como a existência de duas projecções: a cauda iónica diametralmente oposta ao vento solar e de dimensões menores e a cauda de partículas e poeiras de grande extensão e de aspecto filamentoso.

 

Na imagem seguinte e na outra do lado direito, é possível ter uma ideia da extensão da cauda de poeiras, que se estende por mais de 1 grau, provavelmente atingindo facilmente mais de dois graus de comprimento.

Os softwares utilizados foram o Íris e o NeatImage. As imagens datam todas do dia 15 de Outubro.

Uma cauda com mais de 2º

Uma “caça” infrutífera às Orionídeas   revela no entanto alguns objectos Messier.

 

Na manhã do dia 25 de Outubro levámos a cabo um sessão de meia hora no rasto da “chuva” de meteoros designada por “Orionídeas”. Não fomos bafejados pela sorte na ânsia de registarmos fotograficamente algumas apesar de termos visto meia dúzia bastante brilhantes. Contudo fica aqui uma imagem da zona do céu  explorada por nós.

A poluição luminosa de P. Delgada e os cabos da EDA, Telecom, Cabo-TV substituíram os rastos dos meteoros.