OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE SANTANA (associação)

Propostas da Comissão Instaladora :   Estatutos             Regulamento

Notas históricas (actualização Dezembro 2009)

Em fins de 1997 um grupo de astrónomos amadores, entre os quais se contavam o Dr. António Magalhães (Presidente da APAA), Dr. Juan Gonçalves e Eng. João Porto (designado pelos restantes como Coordenador), na sequência de uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia denominada, “Astronomia no Verão”, decidiram constituir o Núcleo Açoriano da Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores (NAAPAA).

 

As primeiras acções de divulgação foram levadas a cabo com um telescópio reflector de 110mm numa montagem equatorial oferecido pela APAA e com o qual foram realizadas sessões em Ponta Delgada (Marina) e Angra do Heroísmo (Porto das Pipas).

Na altura, foi Dr. A. Magalhães convidado pela RDP-Açores para uma entrevista que marcou, por assim dizer, o lançamento do Núcleo.

 

A afluência  e o interesse crescente do público pelos temas astronómicos fizeram com que o NAAPAA apresentasse um pequeno projecto de Divulgação Científica junto à então Direcção Regional da Ciência e Tecnologia (DRCT) tutelada pela Presidência do Governo Regional e cuja direcção era liderada pelo Dr. Henrique Schanderl.

 

Este primeiro projecto (basicamente constituído por 3 contentores metálicos e uma cúpula de fibra “made in azores”), haveria de ser mais tarde substituído, sob proposta e incentivo da própria DRCT, por outro de maiores dimensões, de âmbito regional, instalado em terreno da Região Autónoma dos Açores, partilhado com a o Clube de Tiro da Ilha de São Miguel, e que viria  a ser o primeiro de uma rede regional de observatórios (Vulcanólogo, do Mar e do Ambiente).

Esta rede via a sua estrutura  consignada no Plano a Médio Prazo do Governo Regional e era sua pretensão apoiar o ensino oficial, catalizar a divulgação científica e promover projectos de investigação.

 

Depois de uma actividade intensa desenvolvida pelo NAAPAA, chegando a todas as escolas do ensino Básico-Integrado e Secundário dos Açores, e até da Madeira e Porto Santo( (a convite e a expensas do governo regional da Madeira), decidiu o Núcleo em 2003, dissolver-se para dar origem ao OASA (associação regional) com uma Comissão Instaladora, constituída pelo Prof. Mário Gata, Prof. Nuno Sá, Eng. Sousa Pereira, Miguel Andrade e Eng. João Porto.

Foi então criada uma página web com  um Sistema de Alertas para os Órgãos de Comunicação Social e Boletins Electrónicos.

 

Nesta fase já o OASA se encontrava em construção, tendo a Comissão Instaladora (CI) elaborado os respectivos Estatutos e Regulamento Interno e preparado o acto eleitoral que viria a eleger em AG de sócios uma Direcção, a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal. Ainda, a CI havia já dotado o OASA com todos os equipamentos de observação astronómica necessários ao seu funcionamento (ver Inventário), bem como estabelecido diversos programas de trabalho que dinamizariam o seu funcionamento, entre os quais o Laboratório de Estrelas, o Projecto Com a Cabeça na Lua e um vasto leque de actividades de apoio ao Ensino Oficial e aos professores do ensino Básico e Secundário.

 

Foram os anos de ouro do OASA com projecção internacional, junto aos Observatórios Solares Amadores, à ALPO, e até na área da Radioastronomia. Registamos aqui a obtenção de uma imagem de pré-descoberta de uma Supernova, a Ocultação de Titan, o acompanhamento do 23º Ciclo Solar, a edição de 2 CD Rom`s, entre outros êxitos de natureza científica.

 

A Comissão Instaladora ao promover eleições, tinha o propósito de atrair “novos valores”, não tendo por este motivo apresentado lista própria. Por outro lado o impasse criado pela DRCT  na resolução da situação de “guerrilha” criada pelo Clube de Tiro, funcionaram na prática como  motivo real de o OASA não abrir as suas instalações ao público, e também ao afastamento voluntário da Comissão Instaladora..

A nova Direcção propunha-se, segundo o seu presidente, continuar a filosofia de trabalho levado a cabo pela Comissão Instaladora (CI ) e pelo antigo NAAPAA. No entanto passados alguns meses constataram alguns membros do Conselho Fiscal e da AG a existência de inúmeras irregularidades na aplicação dos fundos comunitários, ausência de consultas para obras, e na aquisição de materiais  e ainda o aparecimento de uma divida crescente de algumas dezenas de  milhares de euros, nunca justificada perante os sócios, apoiada pela inexistência de documentos de suporte e autorização de Assembleias Gerais, de acordo com a lei geral vigente.

Esta situação despoletou um conjunto de demissões, mantendo-se apenas no activo a Direcção.

Perante a situação caótica tanto financeira como organizativa do OASA (os projectos propostos pela Comissão Instaladora foram eliminados pura e simplesmente), chegou-se ao extremo de vender  património para fazer face às dividas, nunca justificadas, a DRCTC impôs á direcção de João Cabral a entrega das instalações do OASA ao Governo Regional, que o manteve fechado durante largo tempo, apesar do anúncio oficial por diversas vezes da sua reabertura e de uma inquirição parlamentar conduzida na Assembleia Regional por alguns deputados.

 

Neste momento a DRCTC ,  mantendo a tutela do OASA, entregou a sua gestão á Fundação para o Desenvolvimento da Câmara Municipal da Ribeira Grande, tendo admitido dois licenciados que tem conduzido um óptimo trabalho  de divulgação da Astronomia.

 

Por diversas vezes o Secretário Regional José Contente tem reiterado o propósito de apoiar a instituição no sentido de a dotar com novos meios de observação e de um edifício para o Planetário.

Os momentos difíceis foram ultrapassados !!

 

 

 

    

   

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Aguardamos o desenrolar dos acontecimentos, mantendo a esperança de que, um dia destes, o OASA  e os Astrónomos Amadores e Profissionais venham a ter  um local de trabalho e de partilha do Saber com a comunidade.

 

Entretanto aqui fica disponível o imenso trabalho criativo gerado durante estes anos. Inclusive que sirva de apoio ao trabalho de professores da Região e de Associações Amadoras congéneres que ao longo destes anos nos tem vindo a solicitar apoio pessoal.

Para maior transparência apocromática

Para maior transparência apocromática

A construção do Roll-Off, concebido pelo Engº Lúís Barreiro Gomes